domingo, 25 de novembro de 2012

Sim pra você exatamente como é (tão meu)

Eu me rendo, não tem mais jeito. Não tem pra onde fugir e nem lugar pra me esconder. E sinceramente, eu cansei desse joguinho de tentar dizer não pra uma coisa que só me faz querer dizer sim. Sim pro mendigo da rua, pro meu vizinho maconheiro, pro meu porteiro mau humorado, pro pedreiro abusado, sim pra vida. E tudo isso sabe por que? Porque quando eu te fiz a pergunta retórica "namora comigo, cara?" eu já sabia que você não pensaria duas vezes e a sua resposta seria sim.
Eu bem que tentei mesmo, me controlei, me enganei, disfarcei, fiz de tudo pra não me entregar totalmente, não me envolver por inteira... Mas como cantou a Cássia Eller, estranho seria se eu NÃO me apaixonasse por você.
As suas declarações de carinho diárias, o sua capacidade de me fazer sentir amada, a sua vontade de me satisfazer, o seu jeito louco de me querer, a sua necessidade de me ver bem, o seu olhar infantil, os seus ciúmes idiotas, o seu complexo de inferioridade, os seus melhores elogios, o seu sorriso bobo, a sua paciência em me aturar, a sua mania de me mimar, os seus assuntos inteligentes, o seu cantar errado, a sua insistência em me sufocar, a sua curiosidade incontrolável, o seu andar desengonçado, a sua timidez, a sua insegurança, a sua fala revoltada, o seu beijo apaixonado, a sua mão fechada, o seu abraço apertado -que me parece cada vez mais ser o melhor do mundo-, a sua inocência, o seu olhar lindo, a sua entrega... Tudo isso está deixando de ser seu, porque a cada dia que passa eu me aposso mais de você; agora todas essas suas características são minhas. Seus erros, seus acertos, seus defeitos e qualidades, é tudo meu, você é meu.
Perceba que nem o meu lado possessiva eu consigo controlar mais... Eu fecho a cara quando tenho ciúmes e fico muda quando bate o medo de te perder. E é por isso que eu te peço tanto pra não me abandonar, pra não se cansar de mim, pra não enjoar da gente, pra não mudar nem um pouquinho do que é comigo. Porque eu conheci assim, eu me acostumei assim, e agora, eu estou apaixonada por você, exatamente assim. Esse você tão especial, tão perfeito, que já faz parte de mim, me faz sentir melhor e mais do que isso, completa.
É tão incrível como pensar no futuro é impossível sem imaginar você do meu lado, falar do presente sem tocar no seu nome não dá... É tão mágico sentir isso tudo sem sofrer, sem ter medo, sem ter arrependimento ou saudade. É uma mistura de só sentimentos e sensações bons que eu nem sei explicar. É ambição, é querer cada vez mais, é ter muita vontade... Vontade de fazer, de sonhar, de aproveitar, de rir, de chorar, enfim, de viver uma vida do seu lado. De trasformar tudo que é seu em meu e tudo que é meu em seu, e finalmente, de nos tornamos um só.

domingo, 11 de novembro de 2012

Para alguém que realmente merece

Você não merece conhecer esse meu lado curioso, impulsivo e cheio de raiva. Todas as minhas neuroses, inseguranças e ciúmes não foram feitos para você. Você não merece ouvir grosseria e aturar impaciência. Você não merece que eu seja tão eu, quando você a todos os momentos usa das suas melhores artimanhas para ser o melhor que você pode só pra me fazer feliz.
E nesse tempo juntos eu nunca te vi com maus olhares, você nunca foi ruim para mim... Mesmo nos seus momentos mais espontâneos e profundos, de alguma forma você conseguiu me arrancar uma risada e agradar. Eu nunca consegui sentir nem um tiquinho de raiva de você, não consegui ficar nem um pouquinho com vontade de te mandar sumir. Eu não consigo me sentir insegura, eu não consigo desconfiar... E quando eu acho que você vai errar - mesmo que seja um errinho bobo, sem importância - você vira o jogo, e acerta do início ao fim. Logo comigo, sempre tão acostumada e querer mais, a precisar de mais, a sentir falta... Mas você nem isso me permite. Porque você não deixa de me completar por um segundo se quer, você não me deixa desejar nada, você já é o meu desejo realizado em tudo que eu preciso nessa vida.
Ás vezes eu tento ser a princesa que você tanto me chama, mas isso parece ir contra todos os meus príncipios. Contra os meus palavrões, contra a minha frieza e contra o meu jeito "foda-se" de ser. Mas aí eu páro e penso, que por você, vale a pena. Vale a pena inventar um apelido bonitinho, ler Tati Bernardi até quase chorar, ouvir música que fale de amor, te chamar pelo nome que você gosta e tentar experimentar coisas novas... E eu odeio não conseguir ser assim o tempo todo e me manter plenamente perfeita pra você sempre.
Se eu tivesse que roubar alguma coisa sua, seria essa sua perfeição. Essa sua capacidade de me fazer bem, de me estimular, de me trazer paz... Aliás, eu não te roubaria não, porque eu amo essas suas características. Mas entenda, quando eu te faço um pouquinho feliz eu já sou a mulher mais feliz do mundo. Quando eu consigo escrever um texto pra você eu já me sinto genial -que ironia, porque eu já escrevi tanto pra gente que não valia nem um décimo do que você vale-. Quando eu ouço uma música que me traga você nos pensamentos eu já me sinto apaixonada. E quando eu reflito sobre isso tudo, volto a me sentir uma quase nada. Quase nada porque por maior que seja toda essa minha demonstração de sentimento, ainda é muito pouco perto de tudo que você faz e fala... Muito pouco -mais uma vez- perto do que você merece.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nossa chance

Estive pensando ultimamente em por que nós sempre dizemos que eu te dei uma chance. Nesse pouco tempo que estamos juntos tive certeza de que a chance que eu dei não foi pra você, nem pra mim, mas sim pra nós dois.
A cada dia que passa você consegue ser muito melhor do que eu imaginava. E todas as vezes que eu pensei que você estava sendo o máximo, você me surpreedeu ainda mais. E agora eu vivo me perguntando até aonde isso vai, essa chance, nós dois, esse romance - como você diz -...
A minha ambição em te querer aumenta cada vez que eu te vejo, a cada texto que você me escreve, a cada música que eu escuto e me faz lembrar você com um sorriso no rosto... Eu não quero jogar fora tudo que você já me ensinou, toda nossa intimidade, todo bem que você já me fez. E aí eu me dou conta que essa foi a chance de ser feliz que eu dei pra gente. Nós que esperamos tanto tempo, esperamos tanto um pelo outro... E finalmente nos encontramos, nos fazendo tão completos.
E pode até parecer forçado falar sobre isso tão cedo, mas acho que porque desejamos tanto viver isso tudo, agora está se intensificando tão rápido... E não basta só sentir tudo de bom que eu estou sentindo, porque eu não páro por aí... Eu vou além. Eu faço planos, minha mente vai longe imaginando nós dois sendo o casal mais feliz do mundo e mostrando pra quem duvidar o quanto nada mais importa quando a gente se basta.
Pode parecer clichê, mas você é tudo que eu sempre quis... Ou melhor, você ainda consegue ser melhor do que isso. Porque a minha mediocridade nunca me permitiu nem imaginar que poderia existir alguém tão perfeito como você. Mas você existe, e ainda melhor do que isso, você é meu. E vai continuar sendo cada vez mais, por muito tempo.
Esse texto nem ficou tão bom como você merecia e como eu gostaria de poder te escrever... Mas é que você sempre me deixa sem palavras com tudo que você me faz sentir. E eu prefiro te mostrar a cada dia o quanto você é especial e o quanto eu quero viver muito tempo da minha vida do seu lado. E quantas novas chances vamos nos dar ainda...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Um dia (só pra não perder o costume)

Acho que Deus me ouviu. Ou melhor, acho que eu ouvi Deus falando comigo - mesmo que você ainda não acredite que Ele exista, foi Ele que te ajudou dessa vez, meu querido- nos inúmeros sinais que a vida me deu através de você. Porque a verdade é que você estava mesmo aqui o tempo todo e só eu não vi... Minhas amigas bem que tentaram me mostrar, mas o tempo todo eu negava enxergar o que estava na minha frente, eu queria insistir nessa minha busca incessante por algo (alguém) que eu nem sei quem é, mas me fazia querer só por causa dessa mania de amores impossíveis que virou rotina na minha vida de uns tempos pra cá.
Eu tentei te procurar por aí, tentei juntar um pouco de cada vazio que eu encontrava mas não cheguei nem perto do quanto você está me fazendo sentir completa agora. Faz tempo que eu não me sentia assim...
Convites, oportunidades, conversas, encontros, nada disso nunca me faltou. Mas nunca era como eu queria... Até você chegar e estar fazendo tudo tão certo que parece até mentira. Dizem por aí que quando a esmola é demais o Santo desconfia, né? Mas você nem isso me permite. É contraditório, porque eu no seu lugar, depois de tanto esperar, depois de tanto insistir, depois de tanto querer, não ia conseguir ser ponto de segurança pra ninguém. Mas acredite, até isso você está conseguindo. Logo pra mim, tão desacostumada...
E eu me pergunto se mereço isso tudo... Mas não penso duas vezes, eu tenho certeza que sim. E me perdoe ser tão ousada ao dizer isso, mas a culpa é sua. A culpa é sua de me fazer sentir especial o tempo todo, de me incentivar tanto e de me fazer querer viver cada vez mais. E mais. E mais.
Confesso que já está até começando a me dar um medo, de sei lá, você daqui há pouco não me aguentar. Não ter mais paciência pras minhas correções e reclamações. Aliás, quando eu te digo que não me entendo é porque eu ainda me pergunto por que insito em querer mudar algumas coisas que você faz, se você está sendo tão bom pra mim do jeito que é...
E eu juro que não quero MESMO que esse texto deixe de representar alguma coisa daqui há alguns dias... Mas se isso acontecer, eu só quero que você não esqueça do quão foda você é. E eu não canso de dizer isso, e se eu encontrasse outra palavra melhor, eu usaria. Não duvide nunca de que eu realmente acredito nisso, e talvez um dia eu consiga te provar... E enquanto esses dias não chegam, ainda tem muita coisa pra acontecer. Então que a gente não tenha pressa, que a gente não pule etapas, que a gente faça tudo certo, do jeito que tem que ser, porque se melhorar, estraga.
E só mais uma coisa, obrigada por não ter se deixado abalar pela minha ignorância, por ter sido assim tão inteligente desde o começo, tão certo da sua vontade e ter chegado até aqui.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Pra você que eu nem sei quem é

Você existe, eu sei disso. Tenho tanta certeza, que te espero a cada dia da minha vida, que torna-se cada vez mais lenta por causa desse tanto esperar.
O telefone toca, uma mensagem chega, alguém me adiciona no facebook... Mas nunca é você. Te procuro nas indas e vindas da escola, quase todos os dias na academia, toda noite que saio com as minhas amigas,até na Igreja já tentei encontrar alguma pista sua, e nada.
Ás vezes me pergunto se algum dia te deixei passar despercebido, ou se você está do meu lado todos os dias mas eu não sou capaz de te enxergar... Se é assim, me desculpa.
Eu posso até já ter te encontrado, mas por algum desvio, por um simples gesto ou uma única palavra que eu disse, perdi você, que eu tanto esperei. E se isso aconteceu com a gente, me desculpa também.
Ou então talvez eu tenha tido medo de te conhecer, medo de me entregar pra você completamente, e aí acabei fazendo você ficar com medo também e ir embora, sem nem se apresentar. Ainda dá tempo de voltar atrás?
Quem sabe eu já tenha quase conseguido te conhecer... Mas me atrasei cinco minutos, mudei meu destino, perdi o ônibus, deixei de estar presente no dia certo, errei o caminho, sei lá, mas alguma coisa adiou um pouco mais o nosso encontro.
Várias vezes eu já tive quase certeza que te encontrei, mas com o tempo percebi que, na verdade, você é muito melhor do que eu pensava.
Aonde quer que você esteja, quem quer que você seja, a única coisa que eu sei é que eu não aguento mais esperar. Peço todos os dias pra que Deus me mostre você logo - ou melhor, esfregue na minha cara mesmo, porque talvez eu seja meio cega por não te ver -. Eu já até sonho com a gente, sabia? Eu faço planos de você conhecer a minha casa e a gente viver muita coisa boa aqui; conhecer a minha mãe e o meu padrastro e eles virarem nossas maiores companhias; enfrentar o meu pai e a família dele, e mostrar pra eles o quanto pode me fazer feliz... Ah, já posso ver você jogando futebol com a minha irmã e rindo de como eu não levo jeito pra isso; posso imaginar a gente rindo das nossas besteiras e apelidos. Não vejo a hora de viajarmos juntos; de irmos no cinema e depois no japonês, e quando eu chegar em casa, ainda te ligar pra dizer o quanto eu vou dormir bem. Quero que você chegue logo, pra gente se fazer companhia em sextas-feiras como foi hoje, que eu me senti tão sozinha e resolvi te escrever esse texto.
E se eu te mostrar isso um dia pode ser que você me ache uma louca por ter te escrito antes mesmo de saber quem você é, mas acontece que você não sabe, mas já está tão perto... Vive comigo nos meus pensamentos, nos meus desejos...
E sempre que falo de você pra alguém, me dizem pra te esquecer. Párar de pensar, deixar de querer tanto, que na hora certa você chega, quando eu menos esperar. Mas a minha ansiedade para sermos felizes juntos me consome, eu preciso de você aqui logo pra me sentir completa. Já me acostumei com a sua presença mesmo sem nunca nem ter sentido de fato...
Eu não quero mais me arrumar toda e voltar pra casa vazia de você; cansei de me doar para tantas pessoas que não sejam você; não adianta mais conhecer alguém, se esse alguém não for você; não quero mais desperdiçar meu tempo, meus sentimentos, minha vida...
Eu sei, demorei muito pra aceitar essa ideia de te ter, mas já que aceitei, eu quero AGORA. Não demora, vai.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Egoísta até que mereçam o contrário

Meu dia hoje foi tão corrido que nem deu tempo de me lembrar de você. Mas de noite é inevitável não chegar em casa, botar meu pijama, deitar na cama e não me perguntar o que afinal, somos nós. Mas agora está sendo diferente, não tem mais você tão presente pra confundir, tão perto pra iludir... Sou eu e meus pensamentos, eu e meus objetivos, eu e meus interesses... Eu e eu.
Dessa vez vai ser diferente, dessa vez eu não vou esconder; costume é costume, hábito é hábito. E eu não vejo mal nenhum em me lembrar, em me questionar... Pensei em você sim, mas de um jeito tão realista que nem me permitiu sentir falta. E talvez seja por isso que eu não tenha problemas em assumir.
Era difícil ser tão intenso e tão insignificante ao mesmo tempo, ser tão amiga e tão amante, ser tão meiga e tão fria... Ah, como isso me incomodava! E por isso eu fingia que não botava todos os focos da minha vida nessa pseudo história, enquanto no fundo, pra mim ela já tinha virado uma história com início, meio e sem fim.
Mas agora aquilo que nem começou está chegando ao fim, está morrendo, perdendo a graça, a vontade... Não sei bem, mas acho que cansou, caiu na rotina, na comodidade. Ou simplesmente percebi que insistir no nada não ia me levar a lugar nenhum. Porque você é pouco - e não leve isso como uma ofensa -, mas pelo menos pra mim, que preciso de tanto, que sou tão consumista, invasiva e profunda. E deve ser por isso, que como você mesmo já concordou, nossas exatidões nunca funcionaram numa conta de mais.
E hoje quando eu fui ler suas publicações só consegui sentir um vazio, uma falta de esperança, um clichê... Ou qualquer outra coisa que eu não quero pra mim. Acho que finalmente, a minha ficha caiu. Cansei de tentar entender, decifrar... E resolvi simplesmente fazer o que você me pediu tanto nas últimas vezes que conversamos, deixar pra lá.
A vida é tão cheia de coisas, de lugares, de momentos, de pessoas... Tantos focos diferentes e eu insistia no mesmo simplesmente porque quando eu quero uma coisa, não há quem me tire da cabeça que aquilo é pra ser. Mas agora eu percebi, sozinha, sem ninguém, que eu não quero mais. Não me falta interesse, não me falta carinho e nem saudade... Mas falta o principal: acrescentar, inovar, transformar, mudar. Porque só vontade não basta. Ainda mais para pessoas como eu, que precisam de tanto.
E é claro que eu me conheço e já sabia que uma hora esse pouco ia me cansar, essas migalhas não iam me satisfazer, essa pontinha de carinho não ia suprir toda minha carência e você ia deixar de ser suficiente. Percebi que entre o pouco e o nada, eu prefiro ficar sem nada, porque a minha ambição não me permite me doar pela metade, então eu acabo sempre intensificando tudo... E é aí que eu erro, porque como é difícil encontrar pessoas intensas como eu, grandes como eu -se é que alguém entende o sentido de "grandes"-, acabo sempre enxergando no breu, ouvindo no silêncio e sentindo no nada. A hora chegou! E eu prefiro continuar cega, surda e sem sentir até aparecer alguém que realmente valha a pena e me permita dar o máximo de mim. A minha intensidade vai ser toda minha, por mais egoísta que isso possa parecer. Eu prefiro continuar esperando alguém que não queira dividi-la, mas sim aumentá-la. 
Enquanto não aparecer eu posso até continuar escrevendo sobre você, lembrando de você... Mas sem me perguntar por que eu não posso te fazer feliz... Agora eu já sei, porque a felicidade é toda minha.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Mente masoquista

Estranho seria se eu me encantasse com o fácil, com o simples, com o certo... Eu não entendo nada, só continuo insisitindo no complexo, tão incerto e imperfeito.
Faz tempo que é assim, e eu já me acostumei em tentar compreender todos os detalhes de um pseudo relacionamento com duplo sentido, sem ter certeza absoluta de nada, sem identificar o começo e não enxergar o fim...
Mesmo que eu tenha o ideal de felicidade na minha frente, mesmo que um outro alguém queira me mostrar o lado bom do mundo, a minha mente se ofusca pra todo resto quando eu me lembro do lado malvado dessa vida, que me faz mulher e sabe ser homem do jeito que eu gosto, que me faz perceber como é bom ser um pouco safado ás vezes e consegue me iludir da forma mais consciente possível.
Não é paixão, não é amor, também não é só amizade, só atração... E sinceramente, eu não quero descobrir o que é, porque eu gosto de sentir medo, eu gosto dessa ausência de sentimento e excesso de loucura, eu gosto desse vício de cada dia e tenho necessidade de continuar essa história como se realmente fosse chegar em algum lugar, como se eu ao menos soubesse do que ela trata.
Sentir todos os sintomas da paixão e não se apaixonar, reviver as mesmas questões toda semana e não cansar, ter todos os motivos do mundo mas não deixar de querer... O sentimento racional é sem dúvidas muito mais intenso do que o sentimento de fato. Se fosse no coração, uma hora ia passar, mas é impossível tirar da minha mente masoquista a ideia de quanto o mal faz bem, ainda mais quando isso é comprovado todos os dias.
Eu não gosto de sofrer, não quero me iludir, nem sou burra de insistir nessa loucura... Eu simplesmente cansei de tanta mesmice, tanta normalidade, tanto padrão; e por isso enxergo prazer onde qualquer outro veria só mais um drama de novela, uma decepção amorosa.
Sentir com a cabeça e priorizando a minha liberdade foi a melhor coisa que o lado malvado da vida me ensinou e agora eu não quero mais nem ouvir falar de coração. Simplesmente porque amor é muito fácil, previsível... E eu prefiro insistir no desafio, na loucura, na confusão, na gente.
Até o dia que vai aparecer alguém que consiga ser pior, que vai me enlouquecer mais, me desafiar mais e desse jeito, ser melhor pra mim, me encantar mais. E aí sim, quem sabe, finalmente seja pra valer...

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Liberdade intolerante

Respeitar as escolhas e particularidades do próximo sempre foi um grande desafio ao ser humano. Quando tratamos de opiniões e culturas diferentes, a intolerância assume forte presença nas relações interpessoais. Religião, política, etnia e sexo, são assuntos que há muitos anos rendem discriminação e até repressão.
Entretanto, o que nos assusta é que, contraditoriamente, em uma sociedade que evoluiu em diversos aspectos, a intolerância infelizmente não deixou de existir. Ao contrário, uma questão paradoxal surgiu: Como é possível um país tão "moderno ", que nos impõe e cobra a todo momento uma fuga dos padrões antiquados, ser ainda tão intolerante quanto aos aspectos culturais?
A triste resposta se encontra na realidade de que todos buscam serem tolerados, intolerantemente.  Em suma, a grande maioria quer ter suas ideias bem aceitas e inclusive aprovadas, mas, ao avançarem dez metros à frente de seu submundo, estão constantemente julgando e criticando quaisquer pensamentos e ações alheias que são considerados, por eles, alternativos. O maior problema é a dificuldade de enxergar fora da bolha. Em muitos casos, aqueles que são incapazes de tolerar as minorias, são os mesmo que têm atitudes imorais e antiéticas disfarçadas de “liberdade” em seus cotidianos ou momentos de lazer...
Como para tantos outros males que assolam a nossa sociedade, a única utópica solução que vejo seria a reflexão individual de assuntos como a hipocrisia e o egoísmo. Mas a dificuldade que a sociedade insiste em ter de reconhecer a igualdade não nos permite reflexão suficiente. Assim, a intolerância continua incessantemente e a gente continua tentando encontrar uma resposta para essa incoerência social em que o nosso país se encontra.
Enquanto isso, muitos seguem reclamando da política, da economia – e do que mais puderem reclamar –, mas se esquecem que antes disso tudo, o respeito às diferenças contribuiria para um país muito mais humano. Eles não conseguem enxergar que por trás das reclamações, escondem pequenas corrupções - que no fundo, são enormes -, preconceitos, egoísmos, violências e hipocrisias que são a primeira barreira que impede o progresso.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Sentir foge dos padrões

As coisas padronizadas cansam. É irritante ver uma ideia sendo repassada como correta simplesmente porque um dia alguém disse que seria assim e todos resolveram aceitar sem questionamentos - por preguiça, talvez - . Dessa forma, a sociedade influencia cada vez mais a individualidade de cada um - se é que ela ainda nos resta -.
Continuo achando inaceitável, mas infelizmente já é normal as pessoas deixarem de fazer ou falar qualquer coisa porque o mundo cobra o tempo todo que a gente siga os padrões. Triste, mas o modelo de felicidade já foi criado - e eu que pensei que felicidade não tivesse modelo... - e "infeliz" será àquele que não segui-lo.
É feio mulher tomar atitude, crianças são sempre perdoáveis, beleza é fundamental, homens baixos são desinteressantes, professores vão "morrer de fome"... E anormal será quem discordar disso!
Na verdade, considero feio e imperdoável não usar da própria liberdade pra viver. Fundamental mesmo é estar de bem consigo, porque na hora que as coisas fogem do normal (mesmo que a gente passe o tempo todo tentando evitar isso) ninguém pode sentir no nosso lugar.
As pessoas têm que parar de viver buscando, querendo... É muita ambição pra uma vida só, e que se seguir o que é dito por aí, acaba no final desse ano.
As opiniões pessoais anulam-se todos os dias quando as pessoas tomam cada atitude pensando primeiramente na aprovação do próximo... E são essas que só vão descobrir que felicidade mesmo é quando se sente independente de. Independente da sociedade, das influências, dos padrões...
Nós só precisamos de nós mesmos, e isso não digo porque ouvi em alguma lugar e aceite como certo, mas sim porque eu vivi. Alguém me entende? Tanto faz...

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Queridas promessas, obrigada

Resolvi que estava na hora de deixar junto com o meu passado todos os meus apegos e sentimentos, todos os meus medos e inseguranças... Não que isso fosse acontecer de forma radical, mas eu sabia que aos poucos eu ia chegar aqui. Prometi pra mim mesma que não ia ligar, prometi pra mim mesma que não ia me importar, prometi pra mim mesma que não ia atrás, prometi pra mim mesma que só dessa vez não seriam criadas expectativas... E esse foi um dos raros momentos da minha vida em que eu não acreditei em mim, porque todas essas promessas juntas estavam muito longe do que eu sempre fui. Além de que, promessas nunca deram muito certo comigo.
Mas me surpreendi como -quase- sempre. Rápido, intenso, frequente... Tudo aconteceu ao mesmo tempo e quando eu me dei conta, minhas promessas estavam sendo perfeitamente cumpridas e eu nem lembrava mais que elas existiam. Foi natural, foi sem pensar, quando eu percebi estava do jeito que eu queria. Eu era a pessoa mais feliz do mundo em não me importar com nenhuma palavra que eu ouvisse/lesse, com nenhuma atitude, nenhum gesto... A euforia de viver pura e simplesmente pra mim e mais ninguém foi uma das melhores coisas que eu já senti na vida.
E como o que é bom dura pouco, não muitos dias depois me vi sentido falta do que eu era. Queria alguma coisa pra me ocupar, pra me preencher, eu precisava voltar a pensar o tempo todo... Mas que merda, eu sabia que minha mudança não seria radical, mas eu achava que o meu lado mulherzinha não fosse voltar tão cedo assim! Nem tinha dado pra aproveitar direito... E quando eu estava quase voltando a ser eu, quase abandonando as minhas promessas, graças a Deus você me lembrou que eu não posso desistir do meu psicólogico masculino, que eu sou muito mais feliz assim, mesmo que ás vezes lá no fundo eu sinta vontade de alguém/alguma coisa que eu não sei bem o que é, e o lado mulherzinha venha me fazer umas visitas.
E agora sabe o que eu, sinceramente, tenho a dizer disso tudo? AINDA BEM. Ainda bem que a gente fez tudo errado, ainda bem que eu não falei, ainda bem que eu não fiz, ainda bem que eu não surtei o quanto eu tive vontade. Ainda bem, porque simplesmente, eu aprendi a lidar com o meu lado desapegado de tudo e todos, e eu só ia conseguir enxergar isso quando ele de fato fosse influente sobre mim.
E ainda bem também que Deus me fez mulher, Ele sabe que se eu nascesse homem eu não iria prestar... Na boa, eu seria um grande filho da puta. Porque que coisa boa é essa de não chorar, não sentir, não se preocupar! E é por isso que eu entendo vocês homens, porque agora eu penso/ajo igual -ou no mínimo parecido- , mas nunca da mesma forma. E é justamente nisso que vocês se complicam. Abraçar o mundo todo ao mesmo tempo, viver a liberdade, e ligar o foda-se pra essa porra toda não é tão fácil quanto vocês pensam que é... Junto disso tudo entendam que quem muito quer, fica sem nada; tenham certeza do que querem; valorizem o que tem.
E quanto as mulheres, se eu pudesse dar um conselho a essas, seria: "Queridas, usem a malandragem dos homens e a inteligência de vocês." Aí sim, vocês entenderiam o que é viver de bem consigo mesmas. Mas deixa pra lá, eu não vou falar isso pra ninguém senão vão achar que eu tô forçando. E eu até vou entender, já que ser assim nunca foi muito o meu perfil.
Dentro de mim agora, eu sinto coisas que há uns meses atrás nunca seriam da mesma forma, e eu só agradeço as minhas promessas. Além de estar orgulhosa por tê-las cumprido -o que pra mim nunca foi tão fácil-, estou bem comigo mesma porque descobri o meu melhor lado. Como é bom me sentir aliviada!

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Efeito de uma tpm

Eu não aguento mais essa imagem que eu criei de mim mesma, aliás, eu não sei de onde eu tirei essa PORRA de ideia de que eu sou forte, desapegada e não ligo pra nada. O pior de tudo é que eu fiz com que os outros acreditassem nisso e pasmem, mas eu nunca fui assim!!! De uns meses pra cá é quase uma missão impossível alguém que me faça preocupar ou pelo menos demonstrar preocupação... Eu não quero mais passar tempos investindo em alguma coisa e no final não ter nada porque ainda não é suficiente, não é o que eu queria, não está do jeito que eu mais gosto. Porque pensar eu penso sempre, todos os dias, em todas as possibilidades; até que eu explodo. Porque eu não aguento tanta coisa junta sem o menor sentido aqui dentro, querendo sair e mostrar pro mundo que eu não sou nada disso que nego tá achando.
Eu tenho sentimentos também, eu me rasgo por dentro, eu morro de vontade de correr atrás, eu sou insegura pra cacete e tenho medo de me entregar, eu tenho preguiça das pessoas e dane-se. Mas nem eu mesma sei o que eu quero, o que eu acho disso tudo, e deve ser justamente por esse motivo que a imagem que eu prefiro passar é a que menos chega perto do que eu realmente sou, mas é a que mais representa o que eu gostaria de ser.
Está sendo tão mais fácil esse tempo fingindo viver as histórias, esse tempo sem ligar, sem me deixar influenciar por sentimento nenhum... Mas eu me sinto tão vazia, parece que eu mesma me engano todos os dias em milhares de pessoas e lugares parelelos que não dão a mínima certeza de se valem a pena serem vividos. EU QUERO UMA VERDADE! Chega de contar detalhes sem que eles representem alguma coisa realmente significante, chega de falar sem ter nada pra dizer, chega de enganar a mim mesma e a quem está comigo.
Quero coisas mais confortáveis, mais prevísiveis, mais seguras... Eu nunca gostei de mistério, eu nunca me dei bem com surpresas, por que diabos eu estou fazendo disso parte da minha vida agora? Aonde foi parar a minha intensidade? Eu quero voltar a sentir e falar o que eu sinto sem medo, quero ser mulherzinha de novo! Maldita sociedade, corrompeu meu verdadeiro eu e me transformou nisso que realmente me faz muito melhor pros outros, mas do que adianta, se aqui dentro eu quero voltar a ser o que eu era? ................
Pensando bem, passou a tpm. Voltar ao que eu era é o caramba, viva o desapego e eu estou muito feliz assim fingindo, até que apareça alguém que valha a pena demonstrar quem eu realmente sou (que por sinal, nem eu sei ainda). E isso deve ser só um sinal de que ainda não está na hora.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Não adianta ser de verdade quando acaba


Eu odeio esse fato sim, mas não posso negar que a vida é feita de fases e momentos, e feliz ou infelizmente esses vem sempre acompanhados de pessoas, e é justamente isso que me faz odiar essas passagens loucas da vida. Porque lugares, fotos, eventos, tem sempre um melhor por aí. Mas e as pessoas, que estão do nosso lado em todos esses momentos juntos? É triste falar isso, mas as pessoas sempre vão embora. Por mais que a gente force uma barra, acredite que vá mudar, corra atrás, reencontre, converse; não tem jeito, quando uma coisa chega ao fim não tem sentimento no mundo que possa fazer continuar.
Confesso meu erro em insistir, em tentar manter aquilo que já não é mais amizade, não é mais amor, não é mais carinho, não é mais e não vai voltar a ser o que foi um dia. Porque encontrar alguém de verdade é tão difícil que quando a vida me mostra que acabou dá um aperto no peito, uma confusão na cabeça só de pensar em que o ciclo em busca de novas pessoas vai recomeçar...
As companhias, a distancia, o desgaste, as ideias, as atitudes, tudo muda ao mesmo tempo e quando a gente se dá conta as pessoas que continuaram se contam nos dedos de uma mão. Não porque não fosse verdadeiro, mas porque a vida quis assim.
Acho que vou morrer sem entender o que acontece exatamente. Porque aquela pessoa que sabia do meu maior segredo hoje não sabe nem aonde eu moro? De repente você se vê intímo de quem você não falava nem "oi", e se vê falando só "oi" com quem você era íntimo... Essas mudanças são necessárias, mas eu não queria que fosse assim. Como dizem por aí, melhor do que conhecer pessoas novas é conservar as pessoas antigas. Ver alguém ir embora sem se despedir, sem dar motivos, mas simplesmente porque tinha que ser assim dói muito, e é uma pena que isso fuja do nosso controle.