sábado, 27 de fevereiro de 2010

Vida louca, vida


Essa tal de vida é mesmo maluca, né? No carnaval mesmo eu estava tão bem, tão feliz... Mas as coisas foram acontecendo, e acho que eu acordei, e percebi que não tem jeito, estou em uma fase difícil mesmo, talvez como nunca estive antes e não dá mais para disfarçar. O carnaval já passou, a folia e as fantasias também. Está na hora de viver a realidade, por pior que seja ela... Faz tempo que eu não me sinto assim. Eu já nem lembrava mais como era chorar, chorar, até as lágrimas deixarem de cair, até o nariz entupir... Não lembrava como minhas amigas são capazes de me entender e me consolar, me fazer me sentir melhor comigo mesma... Eu havia esquecido como é passar a noite de sábado em casa chorando e lamentando essa vida sem graça e dura que estou vivendo... Como é chorar no colo da minha mãe durante uma conversa que só acabaria as 4 da manhã... Viver está sendo cansativo, parece que cada dia é mais um peso que estou levando comigo, e que em algum momento não vou mais conseguir sustentar. Estou desamparada, perdida, parece que me faltam forças para levar essa tal de vida que tem sido tão injusta e pesada comigo. Quem me via e quem me vê nem seria capaz de me reconhecer... Aonde foi párar a Bruna divertida, escandalosa, e para alguns até efusiva que existia em mim? Principalmente, cadê a Bruna feliz? Nem Big Brother eu vi hoje, e olha que eu sou viciada nessa droga! Agora eu só quero saber de dormir, de internet... E as minhas saídas dos fins de semana? E a minha academia? E o meu sorriso? Me parece que foi tudo embora de uma vez, que um vento passou e levou sem nem me preparar psicologicamente. Eu preciso ser cada dia mais forte para aguentar tudo isso, preciso reagir e mostrar para os que duvidaram de mim que eu sou capaz! E eu vou conseguir. Tenho minha família, meus amigos... Tenho a Deus! E por eles, por mim, eu vou dar a volta por cima. Isso é só uma fase, como todas as boas que eu tive... Infelizmente essa é ruim, mas o vento que passou voltará para levar toda essa energia negativa embora, e a Bruna de quinze dias atrás voltará a sorrir. Eu acredito, eu posso, eu vou! E nem preciso esperar o próximo feriado.
Bruna Coutinho