terça-feira, 7 de julho de 2009

O onibus e a minha vida

Ontem andei de onibus pela primeira vez na minha vida... Pois é, enquanto minhas amigas já sabem de cór pra onde vai cada onibus, eu não sabia nem o preço de uma passagem. Corremos pra entrar no onibus igual quatro retardadas no meio da rua. Pagamos, entramos. E tivemos que ficar separadas, porque não tinha lugar juntas. Mas já na primeira parada, o cara que tava do meu lado saiu e a Natállia veio sentar comigo. Eu fui olhando pela janela, vendo o movimento, as pessoas, e sentindo aquele vento no meu rosto... Pensando na minha vida, nas minhas férias que estavam começando e em tantas coisas que acontecem e vão continuar acontecendo... Nessa vida que é um ciclo vicioso, que a cada dia que passa se torna mais repetitiva e cansativa. Queria que saíssem por aquela janela todas as coisas ruins existentes em mim... Toda a inveja alheia, todo o ódio que eu sinto nos momentos de raiva, todas as pessoas falsas que quanto mais eu fujo mais me aparecem, todas as pessoas mentirosas que insistem em me enganar - ou tentar, pelo menos-... E queria que em qualquer parada, a qualquer momento, entrasse por aquela porta as melhoras coisas do mundo... Amizades verdadeiras, alguém que seja capaz de me amar e me fazer feliz, felicidade, saúde, paz... Mas como meus desejos nem sempre podem ser realizados fiquei só sonhando acordada mesmo. E continuo, todos os dias... Naquele onibus só entrou um garoto bonitinho que foi andando em direção a minha casa e se a Natállia não fosse em casa pegar roupa eu juro que ia atrás - mentira -. E por aquela porta só saíram as mesmas pessoas que entraram... E eu vivo assim, em busca de tudo que nem entrou e nem saiu por aquele onibus, mas que certamente um dia entrarão e sairão da minha vida. Enquanto isso não acontece, eu continuo aqui, na minha felicidade quase plena, na minha tranquilidade quase plena, levando a vida do jeito que eu posso e aproveitando ao maximo possível.
Bruna Coutinho

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