Outro dia conversando com a minha mãe percebi a mais pura verdade. No meio de uma nostalgia ela me disse: "Como não gostava dele, Bruna? No carnaval você chorou tanto e me encheu o saco porque ele ia viajar..." E foi aí, que eu me toquei. Que eu percei que essa tal de vida é mesmo maluca, cada hora me aprontando uma, ou melhor, um. Como minha mãe disse, no carnaval foi um chororô só, parecia até que alguém ia morrer... Bastou passar um mês, um bonitinho me adicionar no orkut, um churrasco, um beijo, pronto; já estava lá eu "envolvida" denovo (achando pelo menos). O tempo foi passando, o relacionamento ficando sério, até que já se via "casado" denovo no meu orkut. "Mas essa menina hein? Gosta mesmo de namorar, de sofrer, não é possivel... E olha QUEM ela foi arranjar... Ah, coitada!" - Deviam pensar as pessoas -. E realmente, eu devia ter mantido a minha regra de 4ª série. Uma vez galinha, para sempre galinha. E se tem uma coisa que todo mundo sabe é que eu ODEIO galinha. Mas quase toda regra tem sua excessão né? Eu juro que tentei. Procurei até alguém mais velho na esperança de encontrar mais maturidade... Em vão! Essa raça misteriosa demais, confusa demais, mentirosa demais, definitivamente não dá certo comigo. Se tem um pensamento que me irrita é "eu gosto de você mas também gosto de ser solteiro". Ah, esse papinho não rola, já tá mais manjado que a minha vó. Por que não assume logo que tá cansado, não tá aguentando a pressão e tá louco pra voltar para a vidinha de vagabundo de sempre? E voltando as minhas regras, se tem uma coisa que eu nunca faço é "dar um tempo"... Peraí né? Chegou tem um pouco mais de 1 mês e já quer sentar na janela? Ou tá, ou não tá; ou quer, ou não quer. E não vem com essa história de insegurança porque essa também é velha e eu conheço muito bem. Fui insegura durante quase 4 meses e me manti lá, firme e forte. Aliás, confesso que depois que terminamos segurança é o que mais tenho aqui, e você sabe que outra regra na minha vida é que "mulher tem que se valorizar", eu já fiz muito em "conversar" com você, te dar um tempo seria o cúmulo, não acha? Aliás, você não reclamava tanto que eu te sufocava? Então meu bem, agora você tem todo o tempo do mundo, e mais, livre. Pode chamar todas suas amiguinhas de amor - mesmo o seu amor sendo eu -, pode assistir e participar de todas as brigas que você quiser, ir em todas as festas sozinho, jogar e assistir todos os jogos de futebol do planeta, aproveitar seu domingo com seus amigos e sua família. Olha que legal, se você fizer um esforço não vai ser tão dificil - e nem precisa da parte do esforço, definitivamente, não será dificil-. Você podia me ter naquele momento, toda sua, só sua. Eu gritei tantas vezes o seu nome, você gritou tantas vezes o meu; nos despedimos tantas vezes, percebendo o quanto não queriamos ir; insisti tanto pra você ficar e você insistiu no tempo. Pois bem, sua vontade foi feita, e agora você me perdeu pra sempre. Quem sabe não será melhor assim? Sinceramente, eu acho que será. E o dia que deixarmos de fingir que não nos vimos, vamos nos cumprimentar, e você estará lá, com o seu fiél companheiro, o tempo. E eu, com alguém, não importa quem, mas tá escrito nas minhas regras que não consigo ficar muito tempo sozinha; juro que se não fosse tão dificil eu ficaria, porque isso é o que eu mais queria agora. E não pense que estou torcendo contra você, pelo contrário, quero é que você seja muito feliz, com seu time de futebol, seus amigos, suas festinhas, suas brigas, suas amiguinhas e garotinhas... Mas é que nesse pouco tempo que estivemos juntos já pude conhecer o minímo de você e sei o quanto vai ser dificil você estabelecer um "namoro" novamente. Hoje em dia é complicado ter alguma boa o suficiente para te mudar, ainda mais agora, que além de tudo, você é uma pessoa insegura. Mas quer um conselho? Não desiste não. A vida apronta mesmo! Eu já passei por poucas e boas e não desisti, nada é impossível. Agora tchau, já falei demais, um beijo. Seu amigo tempo aguarda ansiosamente por você, enquanto eu aguardo ansiosamente pela proxima aventura da vida. E pelo proximo sermão da minha mãe contando minhas história sobre fulano ou ciclano.
Bruna Coutinho
Obs: Texto um pouco antigo, mas só pude postar agora.
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